Roupas femininas terão novas normas de medidas
Lages, Correio Lageano
O vestuário feminino passará por
modificações. A Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) deve iniciar no
mês de fevereiro a definir as novas normas e medidas para os tamanhos de
roupas.
O que antes era determinado por pequeno,
médio e grande, agora passará a ser proporcional ao tamanho do busto, cintura,
quadril e estatura.
A expectativa da Associação é que no final do
primeiro semestre sejam definidos os padrões que serão adotados nas novas
normas. “Vai haver uma revolução no setor, podendo dizer revolução industrial”,
diz o presidente da Abravest, Roberto Chadad.
O padrão de numeração que usamos há muitos
anos nas etiquetas das roupas, deixará de existir e dará lugar às medidas do
corpo. Nas etiquetas das calcinhas, estará detalhadamente, em centímetros, a
cintura e o quadril. Em vestidos, haverá medidas de busto, cintura, quadril e
estatura.
Para o presidente Chadad, o objetivo é
eliminar as trocas de roupas, pois se as pessoas souberem exatamente suas
medidas, comprarão os números adequados. “Vai acabar com a dúvida, se usa M ou
G, além de facilitar as compras via internet”, comenta.
Outra mudança é o que separa a parte de cima
com a parte de baixo, como nos conjuntos, calças e biquinis. Um exemplo dado
pela Maria Adelina Pereira, do Comitê de Têxteis e Vestuário, é que uma mulher
com busto pequeno e quadril largo não será obrigada a comprar peças que terá
que fazer ajustes, as medidas permitem que compre exatamente no tamanho ideal.
A boa notícia ainda está em fase de
discussão, porém, após esta etapa o projeto será enviado para consulta pública
e com o prazo de 60 dias de análise, para a Associação Brasileira de Normas
(ABNT), emitir as normas.
Segundo a ABNT, a pesquisa para melhoria nas
etiquetas está sendo feita desde o ano de 2006, onde a norma está em processo
de revisão para que seja atualizada de acordo com o novo biotipo da população
brasileira.
A norma descreve apenas uma medida por tipo
de vestuário, sem estabelecer padrões para modelagem, que continuarão a
critério de cada confecção.
Na revisão, a Comissão de Estudo avalia
somente se as medidas referenciais ainda são coerentes com o mercado, já que um
maior detalhamento poderia limitar o trabalho dos modelistas.
Para a vendedora Maria Eduarda, as novas
normas de etiqueta feminina não serão bem aceitas, pois nem todas as mulheres
sabem as medidas exatas e dificilmente alguém fechará números exatos.
“Por mais que cada mulher saiba suas medidas,
poderá ocorrer diferença entre uma etiqueta e outra, acredito que as medidas
padrão são mais fáceis, até mesmo para nós vendedoras”, relata.
As medidas serão adotadas, também, para as
roupas infantis, sendo que os tamanhos seguirão o mesmo padrão do vestuário
feminino.
Silmar Premieri, sócio proprietário de uma
loja de roupas infantis no Centro de Lages, acredita que estas mudanças não
serão adotas pelas mães, já que elas conseguem comprar roupas para os filhos
seguindo os padrões normais de etiquetas.
“Cada mãe sabe exatamente o tamanho do seu
filho, acredito que para alguém que deseja presentear uma criança, dificilmente
saberá o peso e a altura”, comenta.


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