Mulheres Heroínas! ou Escravas?
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Por muito tempo as mulheres viveram à sombra dos homens, dependiam
deles para tudo e eram muitas vezes subestimadas e consideradas como
"seres inferiores". Os tempos mudaram e começou uma luta entre homens
e mulheres para provar que ambos são capazes de realizar as mesmas tarefas, com
a mesma competência e que são iguais não só perante a lei, mas perante a
sociedade e, inclusive, no meio familiar. De alguns anos para cá elas
estão mais presentes em ambientes onde o domínio masculino imperava. Aos poucos,
estão quebrando as barreiras do preconceito e ocupando espaços que antes eram
exclusivos para homens. Agora eles estão tendo que aprender a conviver com as
mulheres em todas as áreas da vida, seja em casa, no trabalho e até mesmo na faculdade. Cresce o número de
mulheres independentes que não querem viver dependendo do salário de seus
maridos e ingressam no mercado de trabalho cada vez mais cedo.
Nas décadas de 40, 50 e início dos anos 60 havia muitas revistas
destinadas ao público feminino para as quais eram dirigidos conselhos de como
manter o casamento e ser uma mulher perfeita aos olhos da sociedade e
principalmente do marido e condenavam o trabalho fora de casa. Como mostra este
trecho da publicação da Revista Querida no ano de 1955 "O lugar da mulher
é no lar, o trabalho fora de casa masculiniza", naquela época, a
realização da mulher dependia basicamente de um casamento bem-sucedido.
Atualmente elas se preocupam mais com sua realização pessoal, profissional,
intelectual, afetiva e sexual. O casamento não é mais prioridade em sua vida,
embora seja o sonho de muitas constituírem uma família e ter um lar. Hoje, a
mulher ganhou grande projeção dentro do ambiente familiar e já é considerada
até mais importante que o pai. Ela participa mais na renda da casa, sendo
muitas vezes a responsável pela manutenção da mesma, conquistou espaço no
mercado de trabalho sem deixar se "masculinizar", mas ainda não conseguiu
se desvencilhar do trabalho doméstico tendo que conciliá-lo com o emprego. O
pai perdeu espaço e autoridade na família, mesmo assim, a mulher continua a ser
a única responsável pelo serviço doméstico. Não é fácil trabalhar fora,
principalmente quando o homem ganha o suficiente, as pessoas ainda condenam
esta atitude.Cuidar da casa, dos filhos e ainda trabalhar fora transforma a mulher numa espécie de heroína. Mas nem sempre a tarefa é fácil e essas "heroínas" enfrentam muitas dificuldades. Ganhar seu próprio dinheiro, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de orgulho para todas. Mas partir para o mercado de trabalho também significa passar menos tempo ao lado dos filhos, principalmente se forem pequenos, e cuidar de sua educação transferindo esta responsabilidade para as escolas ou matriculando a criança em diversos cursos e atividades que ocupem todo o seu tempo. Todos perdem um pouco com isso, mas não há nada que uma dose extra de dedicação e organização não resolva. Não é preciso deixar de lado o trabalho ou os filhos dá para conciliar os dois com o "jeitinho" que só a mulher tem, e sem remorsos.


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