Auxilio Financeiro a Mulheres Vitimas de Violência Doméstica
Mulheres
poderão ter auxílio financeiro temporário e preferência de acesso ao ensino
técnico
Com o
objetivo de aperfeiçoar a Lei Maria da Penha, a Câmara dos Deputados está analisando duas propostas.
A primeira garante
auxílio financeiro de até seis meses para mulheres que precisem se afastar de
seu local de trabalho por estarem sendo vítimas de violência doméstica.
A proposta, que
foi apresentada pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da
Violência contra a Mulher, está pronta para ser votada no Plenário da Câmara.
A inclusão do
projeto na pauta foi pedida pela bancada feminina na semana passada.
A coordenadora da
bancada, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), lembrou que a Lei Maria da Penha,
aprovada há sete anos, já é de conhecimento da maioria da população.
A deputada
afirmou, no entanto, que é preciso regulamentar alguns pontos para que a lei
tenha os efeitos esperados.
Jô Moraes citou o
caso da comerciária goiana Mara Rúbia, que está cega devido à violência
praticada pelo seu então marido e que, hoje, sem poder trabalhar, vive com a
ajuda financeira de amigos.
— Este projeto
imediatamente possibilitaria que ela recebesse um salário mínimo, em caráter
temporário, até ter condições de sobreviver com seu filho de cinco anos.
A outra proposta
inclui as mulheres vítimas de violência doméstica entre os beneficiários com
prioridade de acesso ao Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego).
O projeto está
sendo analisado pela Comissão de Seguridade Social e Família. O relator na
comissão, deputado Padre João (PT-MG), afirmou que a qualificação profissional
das mulheres facilitará a conquista de sua independência financeira e as
incentivará a denunciar seus agressores.
— Quando a mulher
tem essa qualificação profissional, sua possibilidade de emprego, de ter
autonomia, ela não fica refém. Há uma relação direta de fazer valer ainda mais
a Lei Maria da Penha.
A primeira
proposta está pronta para ser votada em Plenário. A outra ainda vai ser
analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.


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