Viver Bem com Pouco
Um segundo, mais
um segundo, uma hora, mais uma hora e lá se foi um Dia. E séculos são simples dias que se vão.
Quem
procura uma vida mais zen, concentrada nas coisas e nas pessoas que realmente
importam, procura, inevitavelmente, uma vida mais calma, mais simples. E a
verdade é que não precisamos de muito – nomeadamente bens materiais – para
vivermos bem e para sermos verdadeiramente felizes… precisamos apenas da
mentalidade certa.
Precisa
de muito pouco para ser muito feliz. Comida
simples e boa, um telhado sobre as nossas cabeças, algumas mudas de roupa, um
bom livro um caderno precioso, trabalho importante e pessoas que amamos e que
nos amam.
Queira
pouco e não será pobre. Pode
ter muito dinheiro e muitos bens materiais, mas se está sempre ansioso por
mais, será mais pobre do que aquela pessoa que tem pouco e não quer nada.
Concentre-se
no presente. Deixe de
preocupar-se com o futuro e de viver no passado. Quanto tempo passa por dia a
pensar em outras coisas sem ser onde está e o que está a fazer naquele preciso
momento? Quantas vezes não está preso aos seus próprios pensamentos em vez de
estar a saborear e a viver o presente, a aproveitar cada momento da sua vida?
Viva o aqui e o agora e terá uma vida preenchida.
Seja
feliz com aquilo que tem e com o lugar em que se encontra. Não raras vezes, queremos estar noutro sítio,
a fazer outra coisa, com outras pessoas, a conseguir coisas que nada têm a ver
com aquilo que já temos. Mas a verdade é que aquilo que temos e o momento da
vida em que nos encontramos já é fantástico! As pessoas com quem estamos
(incluindo nós próprios) já são perfeitas. Aquilo que temos, chega. Aquilo que
estamos a fazer é maravilhoso.
Sinta-se
grato pelos pequenos prazeres da vida. Uma
mão cheia de framboesas, alguns quadrados de um chocolate delicioso, uma bela
chávena de chá – prazeres simples que são muito melhores do que sobremesas
decadentes, refrigerantes açucarados e alimentos fritos, se aprendermos a
desfrutar deles ao máximo. Um bom livro que trouxe da biblioteca, uma caminhada
com uma pessoa amada, a satisfação de uma enérgica sessão de exercício físico,
as palhaçadas que os filhos dizem o sorriso de um estranho, andar descalço
sobre a relva, um momento de silêncio enquanto
se contempla o amanhecer e o mundo ainda descansa. Estes pequenos prazeres são
sinónimos de viver bem, sem precisar de muito.
Deixe-se
motivar pela alegria e não pelo medo. Muitas vezes, as pessoas são conduzidas pelo medo de ficar para trás ou
esquecido, pelo medo da mudança, pelo medo de perder alguma coisa. Estes não
são bons motivos para fazer o que quer que seja. Em vez disso, faça as coisas
porque estas lhe trazem a si, ou a quem o rodeia, alegria. Deixe que o seu
trabalho seja conduzido pela alegria de fazer algo criativo, valioso, com
significado e não pela vontade de manter um certo estilo de vida ou pelo medo
de ver esse estilo de vida alterado.
Pratique
a compaixão. Compaixão
pelos outros cria relações de amor, relações valiosas e cheias de recompensas.
Compaixão por si significa que se perdoa por erros cometidos no passado, que
cuida bem de si (alimenta-se de forma saudável e pratica exercício físico)
e que se ama tal e qual é.
Esqueça
a produtividade e os números. No
fundo, isso não interessa nada. Se estiver exclusivamente focalizado em fazer
coisas para atingir números (certos objetivos), o mais certo é que já perdeu de
vista aquilo que é realmente mais importante. Se o objetivo é ser produtivo,
estará a encher os dias apenas para que possa ser (ou parecer) produtivo e isso
é uma perda de tempo. Cada dia é uma bênção e não deve ser sufocado com
afazeres, com tudo e mais alguma coisa – procure sempre tempo para desfrutar do
seu dia, para desfrutar daquilo que preenche verdadeiramente a sua vida.


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