POLITICAMENTE CORRETO NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Hoje em
dia, as crianças estão
mais espertas, independentes e até mesmo autoritárias. Com certeza, você já
reparou que o comportamento do
seu filho de dez anos
é bem diferente do seu quando tinha a mesma idade dele. As mudanças são
nítidas. Mas por que tanta diferença? Será que os meios de comunicação têm
responsabilidade por essas mudanças?
Recentemente,
foram proibidas ações de merchandising de produtos infantis em programas
dirigidos à criançada e também a participação de atores e apresentadores mirins
em comerciais. A norma faz parte das novas recomendações para a publicidade que
envolve crianças e adolescentes definidas
pelo Código Brasileiro de Autorregulamentação publicitária. Mas será que essa
medida foi radical? Ou será útil para não comprometer o comportamento dos
pequenos de hoje, principalmente, quando se fala em consumo?
"A
TV contribui despertando o desejo, mas não se pode atribuir a ela total
responsabilidade sobre o consumismo das crianças. Cabe à família utilizar os
comerciais para trabalhar princípios do consumo coerente e consciente. Além
dessa questão, a TV propicia oportunidades de lidar com diversas outras
temáticas, assim, pai e mãe devem estar presentes e atentos para intervir de
forma eficaz, comentando, discutindo e questionando o que está sendo
apresentado", explica Eliana de Barros Santos, diretora pedagógica do Colégio Global.
"A
proibição do merchandising não ajuda a evitar o consumo das crianças, mas
acredito que não é um exagero fazer essa proibição. Faz sentido pelo lado
social e econômico, porém, se os pais são consumistas, o filho também
será", opina Miriam Gallo, mãe de um menino.
Outro
assunto que sempre gera grande repercussão é a antiga "palmadinha",
algo comum há algum tempo para corrigir os filhos. Sobre esse assunto, a
especialista diz que a criança fica em clara desvantagem e o uso da palmada significa que o adulto tem o poder
e não hesita em utilizá-lo. Por tanto, ela fica em uma situação de submissão e
ainda pode desenvolver uma agressividade que será contida e poderá se
manifestar de forma imprevisível. "Não há como apoiar uma atitude deste
tipo. A família precisa utilizar recursos mais suaves e eficazes na educação de
suas crianças", ressalta.
Os
professores também precisam tomar bastante cuidado no seu relacionamento com os
alunos, pois qualquer situação um pouco mais desconfortável pode se transformar
em uma acusação de agressão. "Eles devem conhecer os princípios do
desenvolvimento infantil para compreender o seu universo e seu modo de ver e
atuar sobre os fatos para, assim, terem condições de utilizar as ferramentas
apropriadas na condução dos conflitos. Cabe aos mestres estabelecerem regras
para que os limites sejam respeitados", pontua Eliana.
Ainda de
acordo com ela, as regras devem ser simples e claras e quanto menos exceção for
feita, melhor para as crianças. Dessa forma, elas se sentiram mais seguras,
pois conheceram os prós e os contras, além das consequências de suas atitudes.
"Com isso, estão aprendendo a lidar com as escolhas que fazem na vida de
forma responsável e entendem que toda ação provoca uma reação."
Para
Miriam, os pais devem se por na posição dos professores e saber que eles não
têm a obrigação de educar. "O convívio deve ser de respeito mútuo, pois o
professor é um profissional e não um parente. Caso a criança faça algo de
errado, ele deve levar o aluno a entender o seu papel dentro da sociedade, por
exemplo, respeitar as pessoas e as normas."
No entanto, a diretora pedagógica lembra que o diálogo é a melhor atitude para
conhecer o outro e ter uma atitude politicamente correta que não agrida
ninguém. Talvez pensar mais na palavra aceitação e questionamento. "Para
educar bem uma criança, é preciso acima de tudo se questionar, mudar e evoluir
com a intenção de servir como bom modelo para o seu filho, afinal, criança vê,
criança faz", finaliza.
fonte:http://vilamulher.com.br/


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